ROMA, 25 de out de 2011 às 18:58
Com ocasião do Domingo Mundial das Missões, conhecido mundialmente como o DOMUND, o experiente missionário Pe. Gerardo Caglioni assinalou ao grupo ACI que ainda é preciso mais corações no mundo que se despojem de suas vidas para entregá-la a outros.
"Ainda necessitamos homens que deixem suas terras, suas famílias, sua língua e sua própria cultura e se prestem a ir ali onde está o primeiro anúncio, a abrir as portas a Cristo", exortou.
O Padre Caglioni tem uma longa experiência como missionário no México e Serra Leoa.
Em uma entrevista concedida no último 20 de outubro em Roma ao grupo ACI, o padre explicou que "os missionários clássicos, missionários já, aqueles que anunciavam o evangelho como nós fizemos estão diminuindo".
O sacerdote considerou que a vocação missionária "é nossa consciência de viver o Evangelho, quando o vivemos devemos testemunhá-lo, e portanto, o anúncio missionário muda de modalidade porque nos compromete com nossa vida e nos faz coerentes conosco mesmos, com o evangelho, e desta maneira o anunciamos".
Ele indicou que o desafio mais difícil que encontra o missionário na hora de dar a conhecer o Evangelho é conseguir entrar nas vidas de quem ainda não conhece a Deus, "e portanto nos convertermos em parte deles. Nós devemos deixar nosso mundo, deixar nossa própria vida e construir uma relação que nos faz despojar-nos de nós mesmos como Cristo fez na Cruz".
"Quando somos parte de suas vidas então podemos –após assim dizê-lo- mudá-la, levamos a levedura para o fermento de uma vida nova que é a vida cristã".
O domingo Mundial das Missões constitui um chamado da Igreja a todos os católicos do mundo para a comum responsabilidade da evangelização.
Para o Padre Caglioni, o DOMUND "é este estímulo que se faz a todos os homens e mulheres que receberam o evangelho, lhes recorda que a vida cristã é uma vida que se compartilha, não é apenas para nós, não é apenas nossa salvação, se não que for o compartilhar com outros, e portanto todos os cristãos estão convidados a vivê-lo segundo seu estado, sua maneira, sua vida na realidade concreta em que esteja".
Finalmente, o missionário animou os católicos a impulsionarem o valor da caridade para criar um mundo mais solidário.
"Nós os cristãos, não só compartilhamos a boa notícia, aquela do Evangelho, mas também nos fazemos irmãos de outros e portanto, se as pessoas forem pobres, se as pessoas forem ignorantes, se as pessoas estiverem doentes, então nós o compartilhamos através das obras missionárias", concluiu.